GHESAS D'EROS
"A estrada do sofrimento leva à escravidão. A estrada do prazer leva à libertação.Fazer belo todo o prazer, eis nossa mais nobre missão poética" (Paulo Bauler)
quarta-feira, 2 de maio de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Letras
INTRODUÇÃO (Beautiful Maíra)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Há um novo shopping
Multiplicam-se os canais de TV
Somos todos magos, magros de fé
Alguns esperam milagres lotéricos
Outros aguardam Et’s
Satélites traçam estradas, e a voz
viaja pelos quatro confins
Nada mais há que pensar
Somos átomos,
Moléculas
DNA’s
(There is a new shopping mall, TV
channels are increasing / We
are all magicians, lean of
faith /
Some expect lottery
miracles, others wait Ets /
Satellites trace roads, and
the voice travels
through the four
corners /
There is nothing more to
think about / We are atoms, molecules, DNA’s)
KLONES
(Reinaldo
Vargas & Paulo Bauler)
Klones are coming here, my drugue!
Klones are coming here, my drugue!
Klones are coming here to kill, my drugue!
Klones travestidos de falsas
colores, lamuriando as suas dolores
Sibilodos e roucos
Klones bebem o sangue da noite
E mesmo a Estrela da Manhã escondem
Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!
Klones are coming here, tonight
Abafarão as luzes da tua casa
Arrepiarão as katchas, farão ganir
os kães
E trazem consigo uma longa lista de
horrores
Didn't I say, my drugue
Can't you hear o ranger dos tambores ao longe?
Klones are coming here, my drugue, esta noite!
Klones are coming here, my drugue, esta noite!
Klones are coming here, to kill,
my drugue!
HOJE É SEMPRE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Sabemos, no entanto a hora dos
embora, semente que não germinou
Sem que ousemos, por uma última vez
contemplar o sol se por
Sabemos, no entanto a hora dos
embora, semente que não germinou
Sem que ousemos, por uma última vez
contemplar o sol se por
Nem há porque temer
Uma Lilith vaidosa aceita dançar aos
novos sons que brotam
No roçar raivoso dos corpos, ao
avesso dos verbos
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre!
Sei que sou carne que pensa,
sobrevivência é tudo que sei
Afinal é outono e preciso descansar
os braços
Cuspir os traços, os indícios, e os
vestígios de mim
Talvez amanhã doa muito mais ainda
que já doeu um dia
Talvez seja amanhã o tal eclipse qua
anuncia o fim
E o quarto sem porta, e a cama vazia
seja larga
E (ela) ria de mim
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
SABER DO AMOR
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Saber do amor as réguas e os compassos
Ao contemplar plácido o olhar amado
Escapulir, herói do trágico, em ferver
Das mil caldeiras que alimentam mil diabos
Feliz daquele a quem cumpre o que Deus deu
Saber do amor as réguas e os compassos
Beber das próprias lágrimas – profanas e sagradas
Herói do amor carne, tão herói do amor alma
Íntegro amor, eros das galáxias
Feliz daquele que se aceita o próprio deus
Saber do amor as réguas e os compassos
E caminhar de mãos dadas
Assim na terra como nos céus
FREEDOM! (E Pur Si
Muove)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Freedom! A Terra e pur si muove
Freedom! A Terra e pur si muove
Freedom! A Terra e pur si muove
Homo Homini Lupus, ocultos
E a voz galiléica
À luz das esferas
A Terra brilha, gira, na escuridão
OM...
Contra a luz das estrelas a lei das
fogueiras
A marca dos cascos
Carrascos adiam
Galáxias
Galas, Galízias, Galiléias,
Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias,
Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias...
Contra a fúria das bestas o som das
estrelas
Aguça nos crânios
Palavras ampliam
Galáxias
Galas, Galízias, Galiléias,
Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias,
Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias...
KORPO-SANTO
(Reinaldo
Vargas & Paulo Bauler)
Hoje sou um, amanhã outro, faço-me
pele e osso
Carne, carnaval, canibal
Meus cantos cantam, teus passos
dançam
Não ouçam, pois, o nosso verso à
minha lírica única voz
É tua a corda que arrebenta
É nosso o coração que se agita e dói
A lírica viagem é o sem tempo
Humanae
Vitae, moderna e antiga
Aos ferros e concretos das
engenharias impossíveis
São tantos os que te disputam os
passos
Arte dos eternos, artes dos humanos
passos, arte dos vaticínios
O ódio ou o amor são meus é vero:
mas não são assim os teus?
O ódio e o amor dos versos são teus,
amigo, amiga, companheiros
Façam bom proveito disso
Canta Poeta, conta em versos, sob
pena de degredo
Qual vem a ser a tua vera poesia
Ah! Se eu pudesse revelar tão terrível
íntimo segredo
Queimaria os insensatos versos
Nunca mais eu cantaria
Meus cantos cantam, teus passos
dançam
Ká! Ká!
Ká! Kanibal!
Quando a Gente Pensa
(Reinaldo
Vargas & Paulo Bauler)
Quanto mais a gente pensa que
envelhece, a alma ainda uma criança, chora
Rola o berço de terra, estende os
braços e pede: Mamãe! Mamãe!
Quanto mais agente pensa que
envelhece, a alma filha de pais separados, pede, reclama, mendiga, as vezes
grita:
Pai e Mãe! Tenham piedade de nós!
Pai e Mãe! Tenham piedade de nós!
E toda essa grisalha barba na cara,
as rugas,
A papa sob os olhos, escuros, o
álcool e o fumo
Os nervos gastos, todos os sapos,
lagartas da fala, sonhos largados
Amantes antigas, meninas felinas,vadias
As ordens vindas de cima essa
indagação
Como se fosse tudo, tudo,
absolutamente necessário, e nem doesse
Como se fosse tudo, tudo,
absolutamente necessário, e nem doesse
O sangue lateja de volta, as
cavernas tem gelo que a gente não vê
Homem que ama receia a folha
primeira sem reconhecer
Muro, muralha se abre, escancara,
sem que aja nada a perder
Vida flutua do outro lado da lua
solta no além
Nem mesmo a malvada azeda o gosto da
couve, o torresmo e o feijão
O pernil assim veio de um porco
afogado por certo em muito limão
Papo de anjo, café, o charuto e a
garapa de nome Beirão
Tanto que somos amantes errantes
Bonita e Lampião
Quanto mais a gente pensa que envelhece
IT’S UP TO
YOU
(Reinaldo
Vargas & Paulo Bauler)
Vim à tua vida menina pra te
misturar
O teu desejo com teu jeito de se
fazer amar
Vim à tua vida menina pra te
misturar
Teu beijo com tua boca úmida de
muito esperar
Ah, ah... pra te misturar...
Ah, ah, ah... pra te misturar...
Vim à tua vida menina pra te
misturar
Ira com vaidade, ver a explosão que
dá
Vim à tua vida menina pra te
misturar
O teu olhar guloso, fruto gostoso
pra provar
Depois... mero instrumento, sair
dela, a tua vida...
Que a tua vida é a tua vida...
Mistura grossa ou fina, é a tua vida
It’s up to you, I’m not suppose
to
SEXO COM BACON
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Sexo com bacon, pão e ovo mexido /
Café com leite bem papai e mamãe
Sem se ligar nos jornais / O leito
conhece a paz
Queremos mais uma vez / Salada de
frutas adocicada ao mel
E lá vamos nós / Água de coco,
cordão de flores no pescoço
O desejo se levanta, cumprimenta o
corpo, brinca aos nossos pés
E somos Fernão e Maria, capelos
gaivotas
Treinando as asas para os dias
melhores
Que o ar é fino e bom
Sexo com bacon... cordão de flores
no pescoço
Como é bom andar de mãos dadas
Com a porta da noite aberta para nós
dois
Quando você lua cheia
E eu teu lobisomem
Uivando para as varandas do céu
Tuas tranças, rapunzel!
Sexo com bacon... cordão de flores
no pescoço
Quando eu rezo um
pai-nosso-que-estás-no-céu
Sabendo das tuas aves-maria
Afinal adormecemos
Feito anjos marotos
Teus cotovelos contra os meus roncos
Teus olhos no escuro
Teus sussurros falando dormindo:
Amor, eu te amo!
PLEASE MY LOVE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Please
my love, não me leves a mal
Please
my love, se não vou contigo
Teus
passos de valsa, o mel das palavras
Com
que lavras os corações, doentes desse amor
Quando
tu me escapas
Quando
tu me agarras
Quando
eu fico assim
Please
my love, não me leves a mal
Please
my love, se não vou contigo
Apenas
que se te adoro, as fêminas teias
Mais
ainda quando, te deitas nua
Teus
cabelos e zelos, formas e curvas
Esses
tais pelos e cheiros, toda formosura
Please
my love, não me leves a mal
Please
my love, se não vou contigo
Mais
te adoro, quando me queres náufrago
Das
minhas navegações à largas velas
E
louco a regressar, ao ponto dos teus nós
Mas
meus nós de marinheiro...
Marinheiro...
Please
my love, não me leves a mal
Please my love, se não vou contigo
OS ASSASSINOS DE MOZART (Réquiem)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
Os assassinos de Mozart estão no
Rio!
Os assassinos de Mozart estão
sorrindo
Os assassinos de Mozart, they are
here!
Os assassinos de Mozart estão agindo
Eles são alquímicos, e não estão
sozinhos
São arquetípicos: e deus e o maligno
São vingativos em nome de Deus
Os assassinos de Mozart, os
assassinos!
Os assassinos de Mozart, os
assassinos!
Retalham aos pedaços, contabilizam
direito
cada pecado seu!
Olho por olho, cada dente seu!
Os assassinos de Mozart, os
assassinos!
Querem um mundo perfeito para a glória
do seu deus
Estão escondidos nas linhas do seu
destino
Entre planetas e signos, nos duendes
e sílfides
Da sua Imaginação!
Os assassinos de Mozart usam seu Santo Nome em vão!
BESTA-FERA
(Reinaldo
Vargas & Paulo Bauler)
Nuvens negras baixam sobre a cidade
e dançamos boleros
em nossas novas núpcias, tangos
bandaleônicos
Ao sabor dos instintos
Como se chegada a hora dos juízos
Passos firmes para os niilismos,
narcisos
Todos os ritmos
Ouvidos insinceros
E loucos chapéus napoleônicos, somos
bumbas-meu-boi, bergmans/nietzsches,
batmans, beatniks, novos
hippies, meninos de hitler,
vampiros, o cio dos bandidos, barqueiros dos
infernos, punhos metaleiros, soft
dreams, heavy trips, noites do sem fim,
peste de camus, primos de caim,
ferros de ferir, copos de botequim, mulas
sem cabeça, sacis, morganas e
merlins, símios em festim, fuzis, e uma
inocência imensa imersa em destruir
o que resta dessa besta-fera
apelidada amor
A VIDA É MUITO MAIOR QUE A GENTE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
Nossas poesias, nossos entretantos
Nossos ocasionalmentes triângulos
Nossos modos de ver perfeitos, nossos
espantos...
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
Nossos cães vadios, nossos olhos de
mentir
Não nos interessa, e daí... e daí...
E um som qualquer como se fosse
música
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
As coisas que eram e que já não são
Jornais velhos espalhando
desinformação
E as garrafas uma a uma, quebradas
no chão
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente,
cara...
A vida é muito maior que a gente
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Todas as letras extraídas dos livros "Ghesas de Eros" e "Kama Antropofajyka" de Paulo Bauler
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Todas as letras extraídas dos livros "Ghesas de Eros" e "Kama Antropofajyka" de Paulo Bauler
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