quarta-feira, 2 de maio de 2012

Release

Quando tudo nos convida a desesperar, renovamos as esperanças, quando tudo nos impõe "tocar o foda-se", tocamos o "Freedom!". Sabendo que a "Vida é muito maior que a gente". A fé absoluta na energia de Eros (Vida, Amor, Sexo) nos move nesses novos embates em busca da realização pessoal e humana, independentemente dos caminhos éticos e religiosos que a cada indivíduo cabe escolher e trilhar. Mas, enquanto grupo de artistas não somos filósofos ou políticos, escolhemos a música e a poesia, numa vibe rock and roll, pra nos expressar as inquietações, as alegrias e tristezas. Viemos pra misturá-las, "pra te misturar", a ver a explosão de amor e liberdade que dá em seus corações e mentes. Se você compreende essas nossas palavras, e elas são música para os seus ouvidos, você já é um ser humano de consciência freedom. E certamente vai curtir este nosso som, feito com garra e generosidade. Aos demais, bem, "It's up to you", it's up to them...Que façam bom proveito disso 

Ghesas d'Eros 

(uma banda Freedom!)



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Letras

INTRODUÇÃO (Beautiful Maíra)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Há um novo shopping
Multiplicam-se os canais de TV
Somos todos magos, magros de fé
Alguns esperam milagres lotéricos
Outros aguardam Et’s
Satélites traçam estradas, e a voz viaja pelos quatro confins
Nada mais há que pensar
Somos átomos,
Moléculas
DNA’s

(There is a new shopping mall, TV channels are increasing / We are all magicians,  lean of faith / Some expect lottery miracles, others wait Ets / Satellites trace roads, and the voice travels through the four corners / There is nothing more to think about / We are atoms, molecules, DNA’s)




KLONES
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Klones are coming here, my drugue!
Klones are coming here, my drugue!
Klones are coming here to kill, my drugue!

Klones travestidos de falsas colores, lamuriando as suas dolores

Sibilodos e roucos

Klones bebem o sangue da noite
E mesmo a Estrela da Manhã escondem

Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!, my drugue!
Dasvitche!

Klones are coming here, tonight
Abafarão as luzes da tua casa
Arrepiarão as katchas, farão ganir os kães
E trazem consigo uma longa lista de horrores

Didn't I say, my drugue
Can't you hear o ranger dos tambores ao longe?
Klones are coming here, my drugue, esta noite!
Klones are coming here, my drugue, esta noite!

Klones are coming here, to kill, my drugue!




HOJE É SEMPRE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Sabemos, no entanto a hora dos embora, semente que não germinou
Sem que ousemos, por uma última vez contemplar o sol se por
Sabemos, no entanto a hora dos embora, semente que não germinou
Sem que ousemos, por uma última vez contemplar o sol se por

Nem há porque temer
Uma Lilith vaidosa aceita dançar aos novos sons que brotam
No roçar raivoso dos corpos, ao avesso dos verbos

Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre!

Sei que sou carne que pensa, sobrevivência é tudo que sei
Afinal é outono e preciso descansar os braços
Cuspir os traços, os indícios, e os vestígios de mim

Talvez amanhã doa muito mais ainda que já doeu um dia
Talvez seja amanhã o tal eclipse qua anuncia o fim
E o quarto sem porta, e a cama vazia seja larga
E (ela) ria de mim

Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!
Hoje é sempre, amanhã é depois!




SABER DO AMOR
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Saber do amor as réguas e os compassos
Ao contemplar plácido o olhar amado

Escapulir, herói do trágico, em ferver
Das mil caldeiras que alimentam mil diabos

Feliz daquele a quem cumpre o que Deus deu

Saber do amor as réguas e os compassos
Beber das próprias lágrimas – profanas e sagradas

Herói do amor carne, tão herói do amor alma
Íntegro amor, eros das galáxias

Feliz daquele que se aceita o próprio deus

Saber do amor as réguas e os compassos
E caminhar de mãos dadas
Assim na terra como nos céus




FREEDOM! (E Pur Si Muove)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Freedom! A Terra e pur si muove
Freedom! A Terra e pur si muove
Freedom! A Terra e pur si muove

Homo Homini Lupus, ocultos
E a voz galiléica

À luz das esferas
A Terra brilha, gira, na escuridão
OM...

Contra a luz das estrelas a lei das fogueiras
A marca dos cascos
Carrascos adiam
Galáxias

Galas, Galízias, Galiléias, Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias, Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias...

Contra a fúria das bestas o som das estrelas
Aguça nos crânios
Palavras ampliam
Galáxias

Galas, Galízias, Galiléias, Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias, Galízias, Galas
Galas, Galízias, Galiléias...




KORPO-SANTO

(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Hoje sou um, amanhã outro, faço-me pele e osso
Carne, carnaval, canibal

Meus cantos cantam, teus passos dançam

Não ouçam, pois, o nosso verso à minha lírica única voz
É tua a corda que arrebenta
É nosso o coração que se agita e dói

A lírica viagem é o sem tempo
Humanae Vitae, moderna e antiga
Aos ferros e concretos das engenharias impossíveis
São tantos os que te disputam os passos
Arte dos eternos, artes dos humanos passos, arte dos vaticínios

O ódio ou o amor são meus é vero: mas não são assim os teus?
O ódio e o amor dos versos são teus, amigo, amiga, companheiros

Façam bom proveito disso

Canta Poeta, conta em versos, sob pena de degredo
Qual vem a ser a tua vera poesia

Ah! Se eu pudesse revelar tão terrível íntimo segredo
Queimaria os insensatos versos
Nunca mais eu cantaria

Meus cantos cantam, teus passos dançam

Ká! Ká!
Ká! Kanibal!




Quando a Gente Pensa

(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Quanto mais a gente pensa que envelhece, a alma ainda uma criança, chora
Rola o berço de terra, estende os braços e pede: Mamãe! Mamãe!
Quanto mais agente pensa que envelhece, a alma filha de pais separados, pede, reclama, mendiga, as vezes grita:
Pai e Mãe! Tenham piedade de nós!
Pai e Mãe! Tenham piedade de nós!
E toda essa grisalha barba na cara, as rugas,
A papa sob os olhos, escuros, o álcool e o fumo
Os nervos gastos, todos os sapos, lagartas da fala, sonhos largados
Amantes antigas, meninas felinas,vadias
As ordens vindas de cima essa indagação
Como se fosse tudo, tudo, absolutamente necessário, e nem doesse
Como se fosse tudo, tudo, absolutamente necessário, e nem doesse

O sangue lateja de volta, as cavernas tem gelo que a gente não vê
Homem que ama receia a folha primeira sem reconhecer
Muro, muralha se abre, escancara, sem que aja nada a perder
Vida flutua do outro lado da lua solta no além

Nem mesmo a malvada azeda o gosto da couve, o torresmo e o feijão
O pernil assim veio de um porco afogado por certo em muito limão
Papo de anjo, café, o charuto e a garapa de nome Beirão
Tanto que somos amantes errantes Bonita e Lampião
Quanto mais a gente pensa que envelhece




IT’S UP TO YOU
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Vim à tua vida menina pra te misturar
O teu desejo com teu jeito de se fazer amar
Vim à tua vida menina pra te misturar
Teu beijo com tua boca úmida de muito esperar

Ah, ah... pra te misturar...
Ah, ah, ah... pra te misturar...

Vim à tua vida menina pra te misturar
Ira com vaidade, ver a explosão que dá
Vim à tua vida menina pra te misturar
O teu olhar guloso, fruto gostoso pra provar

Depois... mero instrumento, sair dela, a tua vida...
Que a tua vida é a tua vida...
Mistura grossa ou fina, é a tua vida

It’s up to you, I’m not suppose to




SEXO COM BACON
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Sexo com bacon, pão e ovo mexido / Café com leite bem papai e mamãe
Sem se ligar nos jornais / O leito conhece a paz

Queremos mais uma vez / Salada de frutas adocicada ao mel
E lá vamos nós / Água de coco, cordão de flores no pescoço

O desejo se levanta, cumprimenta o corpo, brinca aos nossos pés
E somos Fernão e Maria, capelos gaivotas
Treinando as asas para os dias melhores
Que o ar é fino e bom

Sexo com bacon... cordão de flores no pescoço

Como é bom andar de mãos dadas
Com a porta da noite aberta para nós dois
Quando você lua cheia
E eu teu lobisomem
Uivando para as varandas do céu
Tuas tranças, rapunzel!

Sexo com bacon... cordão de flores no pescoço

Quando eu rezo um pai-nosso-que-estás-no-céu
Sabendo das tuas aves-maria
Afinal adormecemos
Feito anjos marotos
Teus cotovelos contra os meus roncos
Teus olhos no escuro
Teus sussurros falando dormindo:
Amor, eu te amo!




PLEASE MY LOVE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Please my love, não me leves a mal
Please my love, se não vou contigo

Teus passos de valsa, o mel das palavras
Com que lavras os corações, doentes desse amor
Quando tu me escapas
Quando tu me agarras
Quando eu fico assim

Please my love, não me leves a mal
Please my love, se não vou contigo

Apenas que se te adoro, as fêminas teias
Mais ainda quando, te deitas nua
Teus cabelos e zelos, formas e curvas
Esses tais pelos e cheiros, toda formosura

Please my love, não me leves a mal
Please my love, se não vou contigo

Mais te adoro, quando me queres náufrago
Das minhas navegações à largas velas
E louco a regressar, ao ponto dos teus nós
Mas meus nós de marinheiro...
Marinheiro...

Please my love, não me leves a mal
Please my love, se não vou contigo




OS ASSASSINOS DE MOZART (Réquiem)
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Os assassinos de Mozart estão no Rio!
Os assassinos de Mozart estão sorrindo
Os assassinos de Mozart, they are here!
Os assassinos de Mozart estão agindo

Eles são alquímicos, e não estão sozinhos
São arquetípicos: e deus e o maligno
São vingativos em nome de Deus

Os assassinos de Mozart, os assassinos!
Os assassinos de Mozart, os assassinos!

Retalham aos pedaços, contabilizam direito
cada pecado seu!
Olho por olho, cada dente seu!

Os assassinos de Mozart, os assassinos!

Querem um mundo perfeito para a glória do seu deus
Estão escondidos nas linhas do seu destino
Entre planetas e signos, nos duendes e sílfides
Da sua Imaginação!

Os assassinos de Mozart usam seu Santo Nome em vão!


 


BESTA-FERA

(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

Nuvens negras baixam sobre a cidade e dançamos boleros
em nossas novas núpcias, tangos bandaleônicos
Ao sabor dos instintos
Como se chegada a hora dos juízos
Passos firmes para os niilismos, narcisos
Todos os ritmos
Ouvidos insinceros
E loucos chapéus napoleônicos, somos
bumbas-meu-boi, bergmans/nietzsches, batmans, beatniks, novos
hippies, meninos de hitler, vampiros, o cio dos bandidos, barqueiros dos
infernos, punhos metaleiros, soft dreams, heavy trips, noites do sem fim,
peste de camus, primos de caim, ferros de ferir, copos de botequim, mulas
sem cabeça, sacis, morganas e merlins, símios em festim, fuzis, e uma
inocência imensa imersa em destruir o que resta dessa besta-fera
apelidada amor




A VIDA É MUITO MAIOR QUE A GENTE
(Reinaldo Vargas & Paulo Bauler)

A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente

Nossas poesias, nossos entretantos
Nossos ocasionalmentes triângulos
Nossos modos de ver perfeitos, nossos espantos...

A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente

Nossos cães vadios, nossos olhos de mentir
Não nos interessa, e daí... e daí...
E um som qualquer como se fosse música

A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente

As coisas que eram e que já não são
Jornais velhos espalhando desinformação
E as garrafas uma a uma, quebradas no chão

A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente
A vida é muito maior que a gente, cara...
A vida é muito maior que a gente
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Todas as letras extraídas dos livros "Ghesas de Eros" e "Kama Antropofajyka" de Paulo Bauler